aquela situação fosse absolutamente normal, e se não o era para ela, então certamente é porque era muita nova e não havia tido ainda as chances de viver a vida real.

Mas então, outro problema me veio à mente, “Meu Deus, quantas batalhas! Quantas dificuldades eu terei ainda de superar?” Pensei comigo. Eu não tinha dinheiro.

Meu cartão de crédito, bom, na verdade o adicional ao da minha mãe, já que o meu nome, há muito tempo não me permitira possuir um cartão. Eu não achava justo isso, havia gastado a maior parte do limite do cartão com a banda, mas eles se recusaram a ajudar a pagar, e eu também não pagaria. O que é certo, é certo!

De qualquer forma, o cartão adicional tinha um limite muito baixo, e eu já o havia gastado, e minha mãe é claro, também havia gastado a parte que cabia a ela. Vejam só, um homem adulto sem cartão de crédito, essa era minha vida, caro leitor, estas eram minhas dificuldades.

Já havia dito a Débora sobre o restaurante que iríamos, e ela ficara encantada com a possibilidade de ir a um restaurante que só servia comida vegetariana, mas acontece que esse lugar era muito caro, e como eu não costumava ir lá, nem tinha conta, ou mesmo tinha conhecidos, não tinha ninguém a quem recorrer, e acho que mesmo se tivesse, não adiantaria para muita coisa.

A sociedade é muito cruel para os homens, especialmente os órfãos. Não tinha ninguém no mundo para mim, e eu precisa me virar para solucionar minhas dificuldades. Ninguém fala muito sobre isso, ficam todos reclamando das dificuldades que é em ser mulher, em ter segurança ou qualquer coisa desse tipo, mas eu penso que a mulher é o que ela é mesmo, um troféu!

As mulheres, ao menos as mais bonitas e ricas, cabem aos vencedores, àqueles homens que, como eu, mesmo quando tem todas as probabilidades contra si, conseguem reorganizar suas vidas e triunfar. É o

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